Agora vem você, nas entrelinhas, nos entremeios do medo e da esperança. Eu não o chamei, não sei se os queria aqui; vc, o medo e nem a esperança.
Vem de mansinho, com mensagens sem sentido. Vem chegando, se apropriando; do meu tempo, dos momentos. Falando as coisas que eu queria ouvir.
O lugar de onde vem eu não sei, nem pelo quê tem sido trazido. O que me deixa assim é , por fim, onde deseja ir.
Não pareça nada que não seja ou que não pretenda ser. Não pretenda nada que faça doer.
Não pise no meu jardim, nas sementes novas que eu plantei aqui.
Seja água fresca que rega o vaso. Seja mais profundo, nunca raso.
Se não quiser ficar, nem venha. Mas se quiser sonhar, não se contenha!
Venha; escrito, desenhado, falado; não seja um número na agenda riscado.
Não crie lacunas, preencha até que não restem espaços; una, ajunte-se, aconchegue em abraço forte.
Não me venha tripudiar sob o meu corpo esfolado por incidentes afetivos cortantes. Não seja inconstante. Seja certeza a cada instante.
Não me venha se não for para fazer sorrir. Mas ser for por amor, pode vir!
sábado, 4 de junho de 2016
Me venha
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