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domingo, 24 de setembro de 2017

A quem dera você?

Vejo a sua autoridade, suas leis, suas regras, suas verdades.
Temo que seja sua força a primeira arma a me atingir. Pudera ser menos confiante e viril.
Pudera ser terno, frágil, alcançável.
Quem dera fosse paisano transeunte na calçada, alguém que lê os folhetos entregues nos faróis.
Tão absolutamente superior, agnóstico, descrente, transcendente.
Ao passo que segues indiferente, arrasta todas as coisas quem pretendam atrelar-se a ti, aos solavancos. 
Quem dera distração momentâneo o permitisse ser alvo, atingido, tocado.
Passos, compassos e descompassos, tocam sua caminhada.
Sinfonia desajustada, barulham e desafinam os tons, graves instrumentos a cortar intenções e planos. Fosse música na caminhada, agradável melodia suave aos ouvidos.  
Quem dera fosse audível o susurrar das minhas súplicas pela sincronicidade dos teus passos com meus compassos. 
Quem dera ver a tua banda passar. 




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