tag:blogger.com,1999:blog-44428443660498891262024-03-20T05:02:45.675-07:00CARTAS PARA AMAR ......e Para quem ama.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08271803989694706865noreply@blogger.comBlogger40125tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-71964204925967919342023-09-04T18:55:00.001-07:002023-09-04T18:55:36.909-07:00Amor partidoUm dia me disseram que o amar era deixar partir. Passei muito tempo martelando essa frase no meu pensamento. <div>Alguma parte do amor, que eu talvez não soubesse dizer qual, poria fim ao dilema em entender em mim o persistente desejo em permanecer. </div><div>Havera algum novo jeito de amar que não seja se entregar. Capaz que tenha algum amor que parta sem nos partir em pedaços. </div><div>Achava eu, no ápice da minha fantasia, que amar fosse encontrar a luz no outro, aquele que a falta não torna a Lua menos preciosa que o Sol e nem a faz dependente Dele, mas certamente menos brilhante. </div><div>Por mais profundo que seja o mergulho sob esse universo infinito e profundo, nada em meus pensamentos me convence de que o amor seja assim, tão pequeno. </div><div>Sendo esse o jeito de amar, parece tão frio e vazio esse amor que não tem ninguém amado. </div><div>Só resta a mim seguir sabendo que o amor que sinto é certamente meio desajustado. Eu que quero amor inteiro, só encontro amor partido e sigo amando errado. </div><div><div><br></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08271803989694706865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-34024952026421420032023-05-03T08:25:00.001-07:002023-05-03T08:25:12.575-07:00Eterno novo encontro. Se eu pudesse eternizar um instante, o deixaria passar, pois não há momento mais lindo que o novo encontro contigo após um dia de saudade. Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08271803989694706865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-21562703808620057612022-08-07T20:51:00.001-07:002022-08-07T20:52:50.464-07:00Um que nos<div><div>Um falar que nos diga, dialogue, expresse.</div><div>Um silenciar que nos emudeça, cale, aquiete.</div><div>Um querer que nos eleja, prefira, favoreça.</div><div>Um mudar que nos transforme, altere, remodele.</div><div><div>Um permanecer que nos retenha, pouse, mantenha.</div></div><div>Um caminhar que nos mova, impulsione, transporte.</div><div>Um tratar que nos acolha, zele, proteja.</div></div><div><div>Um aprazir que nos deleite, agrade, contente</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>, </div><div><br></div><div><br></div></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08271803989694706865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-13560989237053917192022-07-18T20:39:00.001-07:002022-07-18T20:39:41.683-07:00TudeoudãoOs veios da madeira talhada e nuances da natureza.<div>O desencontro entre as pontas do piso de porcelanato.</div><div>A ponta da colcha estendida sob a cama.</div><div>A inutilidade dos registros da visão ante a reprodução automática de cenas que me tomam do presente.</div><div>Ferramenta cortante a penetrar as mais profundas camadas da alma.</div><div>Resistente dor abafada no barulho dos passos apressados a fugir do pensamento.</div><div>Rodapé simétrico cercando o pequeno espaço onde se recolhem tantas coisas guardadas de julgadores afoitos. </div><div>Dedos trêmulos a divulgar os detalhes secretos de uma solitude.</div><div>Abstrata em poesia, palpável em cada objeto a me fazer companhia nossa noite vazia. </div><div><br></div><div><br></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08271803989694706865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-49168729657454136992021-12-07T19:58:00.001-08:002021-12-07T19:58:56.570-08:00AlucinaSe a sanidade de manifesta sob a luz da razão, sendo o amor irracional, é absolutamente insana essa emoção. Onde está o chão por onde andavam os meu pés quando você surgiu? Cadê as coisas todas que me mantinham firme e constante?<div>Em dúvida sobreno quanto anseio encontrar a lucidez perdida, sigo assumindo a loucura e insensatez dessa nímia entrega. </div><div>Alguma consciência sopra em meu ouvido o quão perdida estou nesse caminho de demissão e completo confronto com a realidade, permaneço alheia. </div><div>Poderia ao menos questionar-me, mesmo sabendo de sua subjetividade e impalpabilidade, quanto ao quão consistente é a existência desse sentimento, mas isso o tornaria racional e o amor loucura e alucina, não seria amar. </div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08271803989694706865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-91457642199563307722021-11-15T11:26:00.001-08:002021-11-15T11:38:19.379-08:00Captura fulminanteEm um flash captou meus traços, capturou meus olhos e fisgou meu coração. Deitei-me em mil poses para o seu olhar, atraída pelo sabor de perpetuar minha existência em ti. <div>As cenas dos seus dedos largos; brancos, ternos, deslizando lentamente em minha nuca; passeando pelo meu corpo; dominando meu quadril, são insanamente inquietantes. Ao cerrar os olhos, experimento a contração pela fascinante invasão da sua força a me preencher. </div><div>Audição imaginária da sua voz a sussurrar ao meu ouvido os gemidos no arroubo do nosso encontro. </div><div>Perco o senso da fugacidade com que se passou do incrível e extraordinário ao infactível e irrealizável quando prazía e desejava o eterno.</div><div>Atrás da câmera, nas fotos que me capturaram o milésimo efêmero, permanece, mas se eterniza no efeito avassalador da paixão fulminante chancelada em meu coração. </div><div><br></div><div> Lindeza. </div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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A entrega foi por mim. <br>
Cada uma das vezes em que abri mão da própria sorte, foi em prol da satisfação e orgulho em ter feito a escolha que era o alimento a nutrir o meu ego de orgulho. <br>
Eu fiz porque eu quis ser o modelo ideal dentro das normas e critérios estabelecidos para que alguém como eu fosse aceito, respeitado ou admirado. <br>
Eu fiz porque eu quis me encaixar, ser perfeito, ser alguém. <br>
À mesma medida, eu fiz porque eu quis reconhecimento, mais uma vez por mim.<br>
No mais alto do egoísmo, quis que me fossem gratos pelo que tinha feito. <br>
Foi porque quiseram que diminuíram a minha entrega, escolhas e feitos. <br>
Eu que queria gratidão de você que nem sabia que era por mim que eu fazia, me trouxe a colheita do egoísmo que plantei me dizendo o que eu tinha feito porque eu quis.<br>
Eu já nem sei cadê meu ego a me fazer porque eu queira. Agora já nem sei o que eu quero, nem por mim. <br>
O que eu faço, nem por mim tenho feito. Eu não faço e nada feito.</p>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/08271803989694706865noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-41576331003497847252018-09-26T10:25:00.000-07:002018-09-26T10:25:45.162-07:00<div dir="ltr">
Parecia a própria morte. <br />
Mas não era.<br />
Foi o próprio renascer. </div>
<div dir="ltr">
Parecia queda <br />
Mas não era<br />
Foi vôo livre</div>
<div dir="ltr">
Parecia amor <br />
Mas não era<br />
Foi agressão </div>
<div dir="ltr">
Parecia o fim<br />
Mas pra mim<br />
Foi o recomeço</div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-67673835072543932192018-06-23T09:14:00.000-07:002018-09-24T14:37:54.660-07:00Culpa dor <div dir="ltr">
Sempre e cada vez que a vida me dá uma rasteira, a culpa é sua.<br>
Todas as vezes em que dói ter que enfrentar a vida do modo que se tornou desde que você partiu, é nada menos que sua culpa, sempre é. <br>
Sempre, e para sempre, eu terei cravada as tuas garras em mim. Sempre sentirei na espinha a dor que representa o romper desse elo que tentamos a todo custo manter. Sempre haverá mais uma lágrima por cair, sempre haverá o soluço, o grito sufocado pela impertinência do nó instalado em minha garganta. <br>
Sempre terei que encontrar mais uma maneira de conter a fúria, o desatino de te atacar por cada riso que deu sobre os meus ossos. <br>
Senti escorrer o sangue até a última gota, esmigalhado os meus ossos, minha alma em pequenas partículas soltas, dispersarem-se. Sentia o fio da navalha, quente escorrer o sangue, frio metal da lápide onde jaz o intangível. Morrer pelo fim do que parece nunca ter havido. Ainda sinto.</div><div dir="ltr">Sempre sentirei e a culpa é sua. <br><br></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-89705044777080273222018-05-03T06:52:00.004-07:002018-06-18T19:43:16.649-07:00Fim do mundo<!--[if gte mso 9]><xml>
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<div class="MsoNormal">
Precipitadamente, acreditei ter a clareza do sentimento e de
toda a capacidade de amar garantida pela sua existência. Certa de que o
controle sobre as coisas estava na habilidade em racionalizar, assumi o risco
em lançar mão das impalpáveis sensações de prazer e êxtase alternadas às de
pungência da dor. </div><div class="MsoNormal">Contruí um mundo inteiro sem alicerces. </div>
<div class="MsoNormal">
Diante de mim, por entre os dedos, esvaíram cada uma das
muralhas que pensei protegerem-nos dos ataques. Vinham de dentro. Escorrem pelos degraus os cômodos, um a um, destituídos desse título ao desajustar de suas funções às necessidades. </div>
<div class="MsoNormal">
O frio congelante do restar das paredes nos cômodos ficando
vazios, em equidade com a temperatura dos meus órgãos em falência. Os furos
aparentes que já sustentaram os armários e quadros, tão equivalentes ao abismo
que já foi a base para uma vida inteira. A unidade, dividida em pequenas partes encaixotadas em embalagens fechadas, como mentes vácuo, rotuladores e seus papelões sem argumentos e sem aderência, desclassificados, mal organizados. </div><div class="MsoNormal">Queima de
estoque dos pequenos itens que já compuseram um amor, oferta barata por qualquer
chance de vida, sem crédito, descontando em mim a dor, cobrança eterna, altos custos, falência! </div><div class="MsoNormal">Desmontam-se sonhos com ferramentas de marcenaria; sem
sustentação a cada torcer que desse certo e distorcer de parafusos e realidades. Transportando os móveis; sofás; armários e estantes, sem base para retratos de
família, um mundo inteiro sendo levado em carga a frete. Movimento do corpo, inércia de atitudes.</div><div class="MsoNormal">Passam gatunos pela calçada sem que os espantem os latidos uivos do cachorro, tal e qual se instalaram em partes substanciais do nosso território. </div>
<div class="MsoNormal">No alto do pé direito, apagadas as luzes nos lustres. Interruptores de uma temporada de um teatro decadente sem mais apresentações de ilustres participações especiais. Retiradas as cortinas, rasgadas, sem trilho. </div><div class="MsoNormal">O último bater da porta ecoa o impacto perturbador do fim do mundo, daquele nosso mundo, fim do nós. </div><div class="MsoNormal"><br></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-40002597825284691452018-03-04T18:56:00.003-08:002018-03-22T10:26:10.406-07:00Nós <p dir="ltr">Repouse seus anseios no meu mundo, descanse sua procura em nosso encontro e preencha suas lacunas com a minha existência. <br>
Não me siga nem me arraste. Me dê a sua mão e criemos juntos um novo caminho. <br>
Nossa equação é perfeita com todas as incógnitas. Nem as teorias todas podem explicar a perfeita equação de nós dois sermos um. <br>
Seja o céu do meu mundo e cubra cada parte da minha vida. <br>
Fale sobre qualquer amenidade ou <u>apenas</u> ouça, mas esteja no barulho e no silêncio. Cale-me com seus beijos ou me abrace quando não houver o que dizer. <br>
Interrompa os discursos e rompa os paradigmas. Desconstrua as teorias, ou crie novas teses, mas seja prática dia a dia. <br>
Nomeie, classifique e conceitue, mas sinta além do tangível o que diz o nosso olhar. <br>
Sejamos um plural, bilateral, mas sejamos únicos na entrega. Ininportante as escalas e métricas, sejamos abundância que irrompe as barreiras e transborda os limites e inundam sem medidas. <br>
Seja para mim, tudo o que eu quero ser para você. </p>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-34952775726091226062018-03-04T18:56:00.001-08:002018-03-04T18:56:39.349-08:00Me invade<p dir="ltr"> Quando seu olhar encontra o meu, invade minha alma com suas intenções, rasga, viola todas as delimitações e pudores, meu máximo, meu aceitável, meu eu.<br>
Teu desejo entra em minha vida, me desaquieta. A fusão do seu existir no meu é pura química. <br>
Me levas ao céu em turbulência, um vôo que passa do teu desejo ao meu até se tornar nosso. <br>
Escorrem em meu corpo as gotas do suor do teu rosto, inundam minha alma de prazer, preenchem, transbordam. <br>
O toque, o viço o cheiro da tua pele me incendeiam, queimam e fazem arder mil labaredas em cada parte de mim. <br>
Quando sinto seu pulsar viril, me contraem os músculos e nervos, perco o tino, falta o ar pra respirar. <br>
Me vicia teu sabor , teu gosto me satisfaz, me contradiz, me faz querer mais. <br>
Quando o teu olhar encontrar o meu, me invade?</p>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-42728393449533333502018-01-07T21:28:00.001-08:002018-03-04T10:25:57.805-08:00Luto<p dir="ltr">A distância os vejo a falar sobre qualquer amenidade a fim de esquecerem de mim e a última dor que os faço sentir. <br>
A maioria não via há tempos, nem mesmo consigo entender o que fazem aqui. Aparentemente vieram para não terem que lidar com a culpa por não terem cumprido todas as convenções. <br>
O espetáculo ainda nem se iniciou, todos aguardam pela chegada do que restou de mim para eles até aqui e  que, em breve, nem mesmo isso restará. <br>
Um carro escuro encosta no meio fio,  fazendo com que alguns se afastem. <br>
Um homem comum, em um dia comum de sua vida, desce do carro e caminha  até o baú do veículo. Abre a porta. Uma caixa longa com alguns arabescos em dourado, ganchos metálicos também dourados, que rapidamente atrai meia dúzia de homens para segurar-lhe nas alças fixadas nas laterais daquela caixa muito bem envernizada. Carregam a grande e pesada caixa até o centro da sala onde a depositam sob o apoio ali disposto. Abrem a tampa. É uma imagem nova do que fui. <br>
Gélido, pálido, morto! Assim está o meu corpo. Algumas flores cobrem os membros inferiores <u>deixando</u> somente parte do meu troco e rosto visíveis, elas têm a função de disfarçar a morbidez do meu estado. <br>
Algumas lágrimas passageiras. Tudo é passageiro. A beira de meus pés, essa verdade é avassaladora, mesmo com toda a pungência da dor. <br>
Todo o ímpeto de querer mudar o mundo, ou uma cadeira do lugar, toda a capacidade de avaliar uma melhor maneira de solucionar um problema, ou mesmo de romper paradigmas, agora se resume a um corpo imóvel. <br>
Nada resta e em um piscar de olhos, nem lembrança mais. Todos seguirão com suas rotinas e situações cotidianas que os distraem de qualquer que seja a razão a que tenham vindo. <br>
Uma mensagem póstuma não traz o tempo a tona. Esse tempo que escrevo já é o passado que você lê. Faixas de saudades de fulano e família serão descartadas, são só palavras.<br>
O tempo que se foi era para o beijo que nunca foi dado. O tempo enquanto havia, era para o abraço bem apertado, para a presença adiada.<br>
O tempo era e já era. </p>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-55956536699965534732017-09-24T23:00:00.000-07:002017-12-08T12:06:46.902-08:00A quem dera você? <div dir="ltr">
<div style="text-align: justify;">
Vejo a sua autoridade, suas leis, suas regras, suas verdades. </div>
<div style="text-align: justify;">
Temo que seja sua força a primeira arma a me atingir. Pudera ser menos confiante e viril. </div>
<div style="text-align: justify;">
Pudera ser terno, frágil, alcançável.</div>
<div style="text-align: justify;">
Quem dera fosse paisano transeunte na calçada, alguém que lê os folhetos entregues nos faróis. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tão absolutamente superior, agnóstico, descrente, transcendente.</div>
<div style="text-align: justify;">
Ao passo que segues indiferente, arrasta todas as coisas quem pretendam atrelar-se a ti, aos solavancos. </div>
<div style="text-align: justify;">
Quem dera distração momentâneo o permitisse ser alvo, atingido, tocado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Passos, compassos e descompassos, tocam sua caminhada.</div>
<div style="text-align: justify;">
Sinfonia desajustada, barulham e desafinam os tons, graves instrumentos a cortar intenções e planos. Fosse música na caminhada, agradável melodia suave aos ouvidos. </div><div style="text-align: justify;">Quem dera fosse audível o susurrar das minhas súplicas pela sincronicidade dos teus passos com meus compassos. </div><div style="text-align: justify;">Quem dera ver a tua banda passar. </div><div style="text-align: justify;"><br></div><div style="text-align: justify;"><br></div><div style="text-align: justify;"><br></div>
<br></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-13182590924141548412017-09-21T22:07:00.000-07:002017-09-21T22:11:00.501-07:00Minha bonequinhaEu não sou mais uma bonequinha.Nem sua, nem minha.<br />
<div>
<div>
Honestamente nunca estive a cargo de ser nada em seu nome. </div>
<div>
O meu corpo sempre me pertenceu, nunca foi um brinquedo seu.<br />
Um empoderamento sempre à espera do momento em que eu saltaria da insólita condição a que estava submetida por uma falsa ideia de fragilidade. <br />
Bonequinha de porcelana, frágil, quebrável, em suas mãos.<br />
Na contramão da dignidade, caminhava atrelada aquela mão estendida. Mesma mão que me empurrava ao abismo.<br />
Saltei para o mundo onde os meus cabelos podem ter qualquer cor que não exista, qualquer tinta que declare o quanto minha é a escolha.<br />
Não há brasa acesa em um punhado de fumo enrolado que me submeta à necessidade de mostrar uma liberdade. De tão livre, apaguei esmagado em um cinzeiro, o último cigarro.<br />
Podem ser verdes ou azuis, pintadas e até mesmo descascadas as unhas que crescem sem que as cerre com meus dentes ansiosos e inseguros.Crescem coloridas garras que vezes se partem, mas que continuam afirmando e crescendo reafirmando o quanto minha passei a ser.<br />
Na descoberta de novos cremes e pós com diferentes texturas e aplicações, a ousadia de maquiar as marcas do vento, do sol, das lágrimas. Criar novos personagens com caras e bocas de lábios em labaredas pegando fogo com vermelho intenso batom.<br />
Eu fui um objeto de distração, satisfação de toda uma conceitual regra , moral ou ética. Eu fui, desfazendo, pouco a pouco, as tramas que me teciam, No desenrolar dessa meada, embaraçada me sentia por não saber mais quem eu era. Quis arrematar. Soltei o fio, deu um nó, apertado, repuxado e quando quase partindo, rasguei em mil tiras os véus que me encobriam.<br />
Estou livre, até mesmo daquilo a que me algemei durante toda a vida, absolvida de cargos e regras e conceitos e títulos e culpas e em uma descoberta de uma prenda que sempre puder ser, dada a mim.<br />
<br />
<br /></div>
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<br /></div>
</div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-52369387306800185242017-08-02T16:27:00.002-07:002017-08-02T16:27:24.168-07:00soloUm dia eu tive um lindo sonho. Acreditei nele com todas as minhas forças. Investi todo o meu amor e minha dedicação nisso. Fiquei por um bom tempo com aquela sementinha guardada no meu <span class="_5mfr _47e3"><img alt="" class="img" height="16" role="presentation" src="https://www.facebook.com/images/emoji.php/v9/f6c/1/16/2764.png" width="16" /><span class="_7oe">❤</span></span>. Plantei. Há exatamente 11 anos.<br /> Minha plantinha passou por muitos invernos cortantes e algumas primaveras floridas. Às vezes parecia ser indestrutível e outras vezes ficava tão frágil. .mas estava ali.<br /> Minha plantinha murchou, minha plantinha secou, acho mesmo que minha plantinha morreu.<br /> A<span class="text_exposed_hide">...</span><span class="text_exposed_show">inda tenho sonhos e sementinhas de amor para plantar na vida, mas não deixa de ser triste ver uma plantinha morrer mesmo no meio de uma floresta. <br /> Só estou um pouco triste por ver o fim da minha semeadura. Meu solo está exausto. Minha natureza hoje está fora da estação, sem saber mais o que é inverno ou verão. <br /> As noites vão trazer novos sonhos. <br /> Os dias vão trazer novos ventos.<br /> A chuva vai molhando a terra e um dia quando novamente eu semear uma plantinha, vou lembrar do quanto aprendi com o fim do que foi semeado e se perdeu.</span><b></b><i></i><u></u><sub></sub><sup></sup><strike></strike>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-32711893788908049192017-07-27T08:39:00.000-07:002017-07-27T10:17:46.453-07:00novo olhar<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Uma estranha me olha através do reflexo do espelho.</i></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Passava eu rapidamente. Ela estava lá, reproduzindo cada movimento. Passava a mão pelos cabelos e parou a observar. Correspondo. Mas dessa vez, não apenas a vejo. </i></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Observo atentamente cada linha de expressão, cada marca de suas habituais caras e bocas, </span>revelando uma história de caminhos algumas vezes fatigantes. Aquele nariz fino, numa curva de pouco menos de noventa graus, apontava em minha direção quase como uma afronta, uma acusação. Me aprofundo em cada gota de pigmento formador das nuances de cores em seus olhos. Sua pele de pouca melanina a penugem fina aloirada, quase branca em alguns pontos. Observo as milhares e diferentes, formas e tamanhos das sardas distribuídas em apenas alguns pontos estratégicos, muitas cores, texturas, formando uma faixa que me lembram estrelas agrupadas em galáxias no universo. Os cílios curtos realçados pela máscara preta, o olhar agateado produzido pelo delineador fino ultrapassando as extremidades laterais de seus olhos. Pequenas bolsas nas pálpebras inferiores lembrando vagamente certas noites insones. Seus lábios semiabertos, levemente rosados, simulam um sorriso com algum toque intrigante de malícia e talvez um certo medo. </i></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Dediquei alguns minutos a essa observância nova de uma mesma imagem há anos reproduzida em diferentes recortes frios de vidro polido e suas coberturas de sal de Prata, vezes cacos, outras pedaços; reflexo inteiro, vezes estilhaçado. </i></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Não reparei se havia simetria naquele rosto não tão novo e sutilmente marcado, mas senti a perfeita harmonia encontrada nas coisas criadas pela natureza. </i></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Seduzidas pela luminância da reflexão, dilatadas as pupilas a abriram um caminho novo até uma nova percepção da mesma visão, piscavam os olhos surpresos. Senti percorrer as terminações nervosas, do centro até as extremidades do meu corpo, qualquer substância sem nomenclatura a me causar espantoso prazer e admiração. </i></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Abalo, certo tremor, ebulição sanguínea fervilhando um rubor em meu rosto. Nó na garganta, respiração contida, glândulas lacrimais ativadas, inquietação.</i></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>O olhar, a maneira de enxergar, como pés que percorrem uma mesma estrada todos os dias e certa vez tropeçam em uma nova pedra do caminho, viram, desta vez enxergaram o que sempre esteve ali. </i></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Não sei bem se os olhos, ou as lentes, mas é sabido que algo novo haja visto. </i></span><br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i>Maviosa descoberta de amar-se como indivíduo e enxergar-se com a beleza de ser imperfeito.</i></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><i><a href="https://4.bp.blogspot.com/-3e1Zp1tNek4/WXogL3GWdFI/AAAAAAAAAbA/ICG-TZiIJLAODWJR6y5NElvn6c-pw6iUwCLcBGAs/s1600/WhatsApp%2BImage%2B2017-07-27%2Bat%2B13.54.21.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="892" data-original-width="970" height="293" src="https://4.bp.blogspot.com/-3e1Zp1tNek4/WXogL3GWdFI/AAAAAAAAAbA/ICG-TZiIJLAODWJR6y5NElvn6c-pw6iUwCLcBGAs/s320/WhatsApp%2BImage%2B2017-07-27%2Bat%2B13.54.21.jpeg" width="320" /></a></i></span></div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-557590401263549172017-07-10T18:50:00.001-07:002017-07-10T19:10:22.254-07:00O DOMÉ mesmo um dom a felicidade, a habilidade em ter alegria. Lembrar do sorriso como present que é único e em cada entrega celebra a troca de infinitas coisas boas e multiplicáveis ao encontro do mesmo dom de ser feliz. Sorriso é condutor, de felicidade, de alegria e do próprio amor.<br />
É preciso coragem para ser feliz, sabedoria para discernir o que de fato é a felicidade.<br />
pode ser qualquer coisa ou coisas alguma. Pode-se passar toda a vida em busca desse encontro e também há meios de encontra-se em si e assim ser feliz sem sair do lugar.<br />
Eu queria mesmo é que a vida pudesse ser uma peça onde eu possa vestir o sorriso como roupa de baixo que se escolhe vestir por cima, meio super-heroína, onde a alegria estivesse em uma caixinha de música sempre aberta em meu próprio coração, onde o instante que se passa fosse mais celebrado do que o futuro é aguardado, onde eu pudesse viver o sonho de uma realidade de sucesso, não importante seria o quão aplaudida eu tivesse que ser.<br />
Eu queria o dom, sem que fosse um dom de encenação.Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-20735415521505100152017-01-31T19:53:00.001-08:002017-01-31T19:55:49.310-08:00Um motorista passageiro<p dir="ltr"><br>
Embarcou nessa viagem uma indomada  <br>
moça sorridente de coração partido.<br>
Cometia ela o pecado de amar desgovernada. <br>
Amar sem freios.<br>
Seguia por um caminho desconhecido, sem temer o perigo. <br>
Quis voltar, devolver o bilhete, carregar as malas, abrir a porta do carro... Dirigir!<br>
Olhava pela janela e os vultos das árvores e do vento lhe confundiam os pensamentos. <br>
Nem se lembrava mais do ponto de partida, queria parar ao tempo em que queria continuar, sem nem ao menos saber onde pretendia chegar.<br>
Inutilmente dizia não, para em seguida sucumbir ao coração. <br>
Sensível e frágil essa menina fera, havia desistido dessa guerra. <br>
Ao passo que, sem admitir, seguia ele guiando, seguia também amando. </p>
<p dir="ltr">Bateu de frente a decepção.</p>
<p dir="ltr">O amor fugiu ligeiro</p>
<p dir="ltr">Aqui não há mais nenhum passageiro.</p>
<p dir="ltr">Dá próxima vez, não vá se  arriscar.</p>
<p dir="ltr">Pegue outro trem e siga em frente</p>
<p dir="ltr">Nem todo mundo que sabe guiar....</p>
<p dir="ltr">...sabe amar como a gente! </p>
<p dir="ltr">Aprenda essa lição:</p>
<p dir="ltr">Que sabe ser motorista </p>
<p dir="ltr">Evita a colisão! </p>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-65252858585925489662016-12-31T06:00:00.001-08:002017-01-31T19:08:52.621-08:00<p dir="ltr">De repente, o hoje torna-se o passado que tem que ser escondido a sete chaves. Em um instante, segui e não posso mais lembrar dos caminhos por onde andei. <br>
Posso saltar os estágios e parecer confiante, segura, decidida. Num pulo, estou em outra vida, outros rumos, outras coisas, pessoas, outros. Mas assim que paro um segundo, tomo fôlego dessa veloz continuidade que as coisas exigem que eu tenha, está ali, tudo o que eu pensei poder ignorar.  <br>
Posso encarar o desafio e assumir o personagem feliz, alegre. Satisfazer as espectativas todas criadas a respeito do modo como devo lidar com as dores, desabores. Posso muito bem estampar um sorriso largo, rir sutilmente ou até soar e ressonar gargalhadas escandalosas. Sou capaz de criar uma imagem Plena de felicidade e satisfação. <br>
Nada faria em mim apagar essa verdade, essa torção interior dos órgãos. Uma cena de uma peça que pareça o que a platéia paga para ver. Enfrento o palco, sem ensaios, sem teste, saio de cena com alguns ruídos imitando aplausos. <br>
No camarim me desfaço desse personagem que me faz muito mais parecer um palhaço. <br>
</p>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-43662007027913451092016-07-26T19:07:00.001-07:002018-09-26T10:34:01.312-07:00Eu não quero. Eu não posso<div dir="ltr">
Eu não quero mais ser forte. Desejo ser amparada. <br />
Eu não quero mais agradar aos que desejam que eu esteja sempre sorridente, não importando o quanto esteja destroçada. Gostaria que me juntassem os cacos que eu nem sei onde foram parar quando explodi. <br />
Eu não quero essa aparência de vitória. Espero poder assumir as quedas tendo um colchão no chão onde eu possa me deitar, em qualquer lugar. <br />
Eu nunca quis sorrir amarelo. Anseio por um colorido que há muito tempo não vejo. <br />
Eu não quero maquiagem que disfarce as olheiras, nem aplicativos de correção facial. Quero que vejam as rugas adquiridas após noites e noites de lágrimas e soluços incessantes. <br />
Eu não quero que me digam que me amam. Quero que me amem verdadeiramente. <br />
Não quero flores sobre o meu caixão. Quero qualquer coisa que faça florir minha alma até que a sinta tão viva dentro de mim a ponto de ser jardim florido aos que estejam ao meu lado.<br />
Eu não quero mais ser o que esperam de mim. Quero que saibam que nem sempre sou capaz do melhor, ainda que eu própria queira. <br />
Eu não quero mais ser compreensiva. Ofertem-me também compreensão. <br />
Eu não quero mais fingir alegria enquanto ouço ofensas das mais obscenas. Aguardo que calem-se os ofensores. <br />
Eu não quero ficar parada esperando a morte chegar, ou ser trazida. Poderiam me acolher braços abertos quando eu conseguir correr, ou braços suficientemente fortes, que me arrastem para longe dessa angústia. <br />
Eu não quero esses padrões que me levaram a dar a marcha à ré. Quero a liberdade de não ter que me submeter à uma infinita tortura emocional e psicológica <br />
Eu não quero mais essa admiração. Poderiam se orgulhar de mim por eu ser feliz, quando eu realmente puder ser. <br />
Eu não quero que desejem a minha felicidade, desejo contribuição para que, ao menos, eu não esteja triste. <br />
Eu não quero perdoar repetidos erros. Eu não me perdoo por tanta subserviência. <br />
Eu não queria, sabendo que o querer, bem como o não querer, não é poder. Já não posso.</div>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-41602510349476239582016-06-04T06:28:00.001-07:002016-12-28T20:35:02.166-08:00Me venha<p dir="ltr">Agora vem você, nas entrelinhas, nos entremeios do medo e da esperança. Eu não  o chamei, não  sei se os queria aqui; vc, o medo e nem a esperança. <br>
Vem de mansinho, com mensagens sem sentido. Vem chegando, se apropriando; do meu tempo, dos momentos. Falando as coisas que eu  queria ouvir. <br>
O lugar de onde vem eu não  sei, nem pelo quê  tem sido trazido. O que me deixa assim  é , por fim,  onde deseja ir.<br>
Não  pareça  nada que não  seja ou que não  pretenda ser.  Não  pretenda  nada que faça  doer. <br>
Não  pise no meu jardim, nas sementes novas que eu plantei  aqui. <br>
Seja água  fresca que rega o vaso. Seja mais profundo, nunca raso. <br>
Se não quiser ficar, nem venha. Mas se quiser sonhar, não se contenha! <br>
Venha; escrito, desenhado, falado; não seja um número na agenda riscado. <br>
Não crie lacunas, preencha até que não restem espaços; una, ajunte-se, aconchegue em abraço forte. <br>
Não me venha tripudiar sob o meu corpo esfolado por incidentes afetivos cortantes. Não seja inconstante. Seja certeza a cada instante. <br>
Não me venha se não for para fazer sorrir. Mas ser for por amor, pode vir! </p>
Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-66290824095638024112016-03-06T18:04:00.001-08:002016-03-06T18:04:28.826-08:00Agora é saudade. <p dir="ltr">Quando eu ria junto com você, naquelas noites embaladas por músicas de todos os tipos, não pensava em quanto tempo teríamos até a próxima vista. Quando nossa ligação ia além das msgs escritas, eu não ficava ansiosa em te contar cada tropeço ou cada conquista. <br>
Fico tentando não pensar que tenha sido passageiro. Essa coisa de ser levado é assutadora. Prefiro um tanto ser motorista e guiar as relações. Nem tive medo das colisões e corri desenfreada. Estacionamos em um ponto qualquer onde você desceu, entrou em outro mundo e me deixou voltar sozinha para o vazio. <br>
As manhãs se levantam e as lembranças de amanhã não terão nossas risadas. <br>
A intimidade agora parece aquele tubinho preto que faltava andar sozinho e que nunca ficava gasto e agora fica meio apertado, com a costura puxada. Tá lá no armário guardado, sem uso. <br>
Parece defasada aquela piada. Os novos motivos para rir, são completamente desconhecidos para nós. Em pouco tempo, os olhares que entendiam-se sem esforço, serão estranhesa sem o menor gosto. <br>
Esse mundo novo não tem lugar para a tola sinceridade. Esse mundo novo dispensa a amizade. Esse mundo novo tem novas festas e músicas e novas pessoas para o consolo ou para os conselhos. <br>
Esse mundo novo é tão novo que não o conheço. Um completo estranho. <br>
Eu gostava muito daquele mundinho meio "cafona" de se viver. Eu o conhecia e ele me cabia. <br>
Vou reinventando um novo mundo pra mim também, com novas pessoas e coisas....<br>
Mas vou pra sempre sentir saudade do mundo onde existia a nossa amizade. <br><br></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://lh3.googleusercontent.com/-8RWWNwmSTAI/VtzhqpOwP7I/AAAAAAAAAXM/HFBuWumbbk8/s1600/20160306_230330.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://lh3.googleusercontent.com/-8RWWNwmSTAI/VtzhqpOwP7I/AAAAAAAAAXM/HFBuWumbbk8/s640/20160306_230330.png"> </a> </div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-52321078789983316532016-02-27T08:29:00.001-08:002016-06-06T20:43:06.085-07:00Talvez <p dir="ltr"><br>
Talvez eu precise muito dizer que dói, mas não queria correr tanto no sentido contrário ao amor próprio e te ligar pra dizer. Talvez eu ligasse, quase que como me lançar ao precipício da morte da minha dignidade e por fim, seria inútil também, já que tudo o que eu faria seria ouvir a sua voz grave a interromper o meu tiro no pé, sem que nenhuma palavra dita entre no seus ouvidos. <br>
Talvez esteja aqui chorando soluçante no silêncio do centro do meu estômago onde nem uma lágrima cai dos meus olhos. Acredito mesmo que a alma se concentra no estômago. Quando dói, dói bem ali. <br>
É uma maratona com muito esforço físico e mental. Corro de mim e quando chego ainda estou ali, vindo junto, correndo do que me acompanha. Uma maratona exaustiva de fuga e derrota declarada. Cada passo é salto com todo o âmago do meu ser para uma vitória que nunca chega. <br>
Não ouço mais o atrito dos pneus dos carros no asfalto, nem os roncos dos motores das motos, nem os sons da músicas que tocavam longe, nem os louvores nas igrejas, nem o bater de latas da máquina de lavar, nem o acionamento do refrigerador, nem nada. Minha sinfonia é estridente, ensurdece. Insana batucada de todos os ritmos em cadência. Gritam, berram e soam em meus ouvidos. <br>
Já não vejo mais as luzes acesas das janelas nos prédios alternadas às dos cômodos vazios, nem os faróis e semáforos, nem os flashes das câmeras dos celulares, nem os refletores potentes das redes de lojas na beirada das marginais, nem mesmo o Strobo da boate. Minha escuridão apagou minha visão, com olhos cerrados semiabertos, ou diria semifechados, de pálpebras inchadas e globos oculares rachados com pupilas dilatadas. Não entram imagens. O que vejo vem de dentro. São slides de momentos, de lembranças a girar num retro projetor movido a infinito combustível da tortura.<br>
Talvez eu escrevesse um texto sem sentido e o qual leria e releria até que entre em colapso o meu cérebro. Poderia ainda me faltar palavras, folhas de papel, canetas, lápis, editores de texto digital. Mas o furacão de coisas a dizer turbilham em cada piscar dos meus olhos. Talvez depois de tudo escrito, um ponto final coloque fim à manifestação pública da minha dor violenta. E não Talvez ela continuará a me bater.</p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="http://lh3.googleusercontent.com/-fAePWqcMNoA/VtHPAHEMvSI/AAAAAAAAAW4/MR1km6_Kq2M/s1600/20160227_131348.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="http://lh3.googleusercontent.com/-fAePWqcMNoA/VtHPAHEMvSI/AAAAAAAAAW4/MR1km6_Kq2M/s640/20160227_131348.jpg"> </a> </div>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4442844366049889126.post-31458657676966794252016-01-14T18:05:00.001-08:002016-01-14T18:05:09.494-08:00Senão, não será. <p dir="ltr">Se eu pudesse te amar sem abrir mão de ser feliz. Se eu pudesse ser feliz só  por te amar. <br>
Se Caso fosse motivo do meu sorriso as suas palavras. Caso pudesse sorrir apesar do dito. <br>
Se casionalmente, a espera deixasse de ser angústia. Ocasionalmente não  houvesse espera. <br>
Se fosse sol o seu olhar. Não chovessem meus olhos. <br>
Se Fizesse sentido o ardor. Não fosse calafrio sem amor. <br>
Se fosse adjetivo a sua lembrança em meus pensamentos. Se não fosse pejorativo em meus ouvidos. <br>
Se....<br>
Se sim...<br>
Se não. ..<br>
Senão...<br>
O que sempre foi se, nunca mais será.</p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="http://lh3.googleusercontent.com/-u6Ocoj6_wKM/VphT09dO6-I/AAAAAAAAAWM/uw-3r1yvIJY/s1600/20160115_000416.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="http://lh3.googleusercontent.com/-u6Ocoj6_wKM/VphT09dO6-I/AAAAAAAAAWM/uw-3r1yvIJY/s640/20160115_000416.jpg"> </a> </div>Anonymousnoreply@blogger.com0