O desencontro entre as pontas do piso de porcelanato.
A ponta da colcha estendida sob a cama.
A inutilidade dos registros da visão ante a reprodução automática de cenas que me tomam do presente.
Ferramenta cortante a penetrar as mais profundas camadas da alma.
Resistente dor abafada no barulho dos passos apressados a fugir do pensamento.
Rodapé simétrico cercando o pequeno espaço onde se recolhem tantas coisas guardadas de julgadores afoitos.
Dedos trêmulos a divulgar os detalhes secretos de uma solitude.
Abstrata em poesia, palpável em cada objeto a me fazer companhia nossa noite vazia.
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