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sábado, 23 de junho de 2018

Culpa dor

Sempre e cada vez que a vida me dá uma rasteira, a culpa é sua.
Todas as vezes em que dói ter que enfrentar a vida do modo que se tornou desde que você partiu, é nada menos que sua culpa, sempre é.
Sempre, e para sempre, eu terei cravada as tuas garras em mim. Sempre sentirei na espinha a dor que representa o romper desse elo que tentamos a todo custo manter. Sempre haverá mais uma lágrima por cair, sempre haverá o soluço, o grito sufocado pela impertinência do nó instalado em minha garganta.
Sempre terei que encontrar mais uma maneira de conter a fúria, o desatino de te atacar por cada riso que deu sobre os meus ossos.
Senti escorrer o sangue até a última gota, esmigalhado os meus ossos, minha alma em pequenas partículas soltas, dispersarem-se. Sentia o fio da navalha, quente escorrer o sangue, frio metal da lápide onde jaz o intangível. Morrer pelo fim do que parece nunca ter havido. Ainda sinto.
Sempre sentirei e a culpa é sua. 

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